By Hot Coffee - 22:37:00
O mar e o equilibrista.
É como um apagar de luzes dentro de mim, aquele abraço com gostinho de despedida e com um "a gente se fala" que se jogado no tradutor da vida real significa: "Vai doer, mas a gente vai se afastando aos poucos".
Sinto tanto que acabo me deixando afogar nos mares de sentimentos que eu mesmo tive a opção de derramar balde a balde. Mas não gosto de me conformar em sentir meios sentimentos, aprendi com uma pessoa muito sabia que se for para fazer algo, que seja dado o meu melhor... Então entreguei o melhor de mim. Plantei o mar e tomei um caldo com a mesma intensidade que me lancei.
Receio em dizer se é o fim, a verdade é que me pergunto a cada segundo depois daquele abraço que me fez sentir a acrimônia dentro do meu próprio peito. Será este o nosso fim?
Se for, fecharei as cortinas do meus olhos já que, o que os olhos não vêem o coração não sente, né? Trancarei meu coração, fecharei a porta e apagarei a luz ao sair, para que ela só seja acendida por alguém que esteja disposto a acender e nunca mais apagar.
Se este dia nunca chegar, sentirei por viver uma vida vaga e não der tido a oportunidade de entregar completamente esse amor que vem se acumulando tombo a tombo.
Nesse momento é como se eu olhasse para trás e me visse andando em uma corda bamba, abaixo de mim um mar turbulento que insistia em me afastar do outro equilibrista que tentava se aproximar. Insistente eu ia contra a correnteza e resistentes às rasteiras do mar até que o mar dele decidiu se juntar ao meu, e ele deu um passo atrás.
Não quero jamais deixar de me equilibrar, mas pela felicidade e carinho pelo outro equilibrista me vejo hoje sentando na corda e deixando que aos poucos voltemos para onde nunca queriam que saíssemos, da monótona e ensaiada rotina do mar.
1 comentários
Mais um brilhante texto, as ondas vem e vão, mas após a tempestade a tranquilidade volta a reinar. Parabéns
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