Novamente a inspiração deu as caras e surgiu em meu âmago a necessidade de escrever.
Tomei banho, me sequei e coloquei aquele camisão que comprei mesmo sendo masculino. Tirei o excesso de água do cabelo, fiz um café e me sentei. Assim, vestida de mim mesma, sem adornos ou maquiagens para cobrir as imperfeições. Sem nada... não. Sem nada não. Com tudo.
Foi então que me dei conta que estava em um desses meus momentos de relembrar minha própria existência. Simplesmente desfrutando da minha própria companhia e dos devaneios que levo e trago comigo.
As vezes precisamos disso, provar um pouco de si e nos descobrir pouco a pouco, mesmo que cheguemos a conclusão nenhuma, somente visando enriquecer nossa consciência de quem somos em determinadas situações. Amadurecer.
- Senti sua falta, disse a mim mesma.
E de certa forma sabia que era recíproco. Calma, não me ache louca... existe reciprocidade entre você e sua consciência, sabia? Não é atoa que quando o momento “paranoia” passa, e sozinha você se acalma, você repete pra si mesma: “vai ficar tudo bem”... faz sentido, certo? Ou, então, somos todos loucos. Tudo bem também.
Estava exausta... mas precisava da minha companhia. Pra relembrar o quando é bom ficar só (acompanhada de si) em certos momentos.
Precisava conversar comigo, reviver, repensar. Mesmo que para chegar à conclusão nenhuma. Ou chegar até aqui.
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