Gosto de um devaneio, de uma vida sem
roteiro, de um café em família, depois de uma tarde de mau - humor.
Gosto das flores feitas de amor,
perfeitas pra casa de vó.
Gosto das lembranças de um amor mal
resolvido, que tinha tudo pra dar certo, mas não deu.
Ah, vida, sua sacana!
Por falta de roteiro, gosto da
esperança, de voltar a ser criança, correr pela grama e pular da balança.
Gosto da lembrança, de uma noite de natal,
onde se reúnem pais, filhos, primos, avos e netos.
Que fique só na lembrança mesmo.
Gosto de borboletas no estomago.
Do prazer de comer... Comida!
Da sorte de viver... A vida.
Gosto das energias, conexões e das
paixões.
Paixões para mim mesma.
Daquelas que você para, se apoia na
mesa, e pensa: ''puts, mas que beleza!''
Daquelas que você lê, com ansiedade.
Ou as que você encontra, pela cidade.
Gosto ate da tristeza! Aquela na hora
de dar tchau, pois logo nos veremos, e você fara meu mimo preferido: mingau.
Gosto de luz acesa, luz do sol, luz dos
olhos, luz do amor ou de um dente de leão ao ser assoprado contra o vento.
Gosto daquele dia cinzento, para ver
filmes e comer pipoca.
Mas que absurdo, nunca andei em uma
motoca!
Gosto de beijos inesperados, abraços
apertados e contos, mal contados.
Gosto da natureza, do vento... e de
viver, como se a vida fosse um mero passatempo.
Mãos dadas, risadas, vadiadas, unhas
quebradas... ah, vida, para de palhaçada!
A manha ensolarada, logo mais, o
anoitecer, quem diria! Um bebê a nascer.
Gosto de cada segundo antes da morte,
do fato de saber que valeu a pena.
Gosto da vida, do sabor de viver, sem
roteiro, com ou sem um devaneio.
Victória Godoy

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