
A vida é uma grande coleção. Pense em uma grande prateleira que é dividida em
departamentos... e cada experiência, boa ou ruim, são como se fossem
frasquinhos e estes podem ser consultados sempre que quisermos ou precisarmos.
Acredito que nessa correria do dia a dia, vamos apenas acumulando
os frascos sem uma ordem e a partir do momento que atingimos o limite de uma
das prateleiras respiramos fundo, aceitamos e reorganizamos. Mas nada tão
simples.
No momento em que nos concentramos em nós mesmos para reorganizar
essa grande coleção, nos submetemos a decisões. Experiência boa ou ruim? E
aquelas que nos fazem rir e chorar na mesma intensidade? E os “serás” que
deixamos para traz? Ou os abraços que protegem e ao mesmo tempo não aparecem? E
as palavras que lançaram a nós e foram direto para coração? Dói, mas é de um
jeito bom ou só suportável ao ponto de esperar que a próxima seja melhor?
Para os que não são facilmente atingidos pela velha “intuição”
é mais fácil, ou melhor dizendo, é menos arriscado. Mas qual a graça de viver
uma vida todinha calculada? Qual potinho guardamos se não dermos a cara a tapa?
Não há coleção se não se tem o que colecionar, então não se vive quem não
coleciona também os riscos. Apenas existe.
0 comentários