Decidi parar
de resistir ao freio dos meus sentimentos. Deixar de lado os bons e velhos
conselhos dos amigos mais experientes e, mais uma vez, seguir meu coração.
Em uma fração
de segundos pude perceber o quão imbecil é se negar aos poucos prazeres da
vida. Do quão é doloroso prender-se ao simples conforto de amar quem já nos ama
e desistir de nossos turbulentos e verdadeiros amores. Esse repente foi o
bastante para me fazer pegar o telefone e te ligar. Foi o bastante para quem em
quinze minutos, que quase me mataram de tanta ansiedade, pudesse ter você outra
vez pertinho de mim.
Como um
filme, posso lembrar dos pequenos “grandes momentos” que já passamos juntos.
Das risadas, dos sorrisos... ah os sorrisos... em especial, guardei o último
que me arrancou e que abriu um no seu rosto. É realmente incrível poder viver
momentos tão verdadeiros como esses. É como se as essências se misturassem e
como o efeito de uma aurora boreal.
É bom poder
ansiar por um abraço, um beijo, mas é ainda melhor poder esperar ansiosamente
por ver aquele olhar que esbanja o “algo a mais” que amo ver nas pessoas. Chego
as vezes a te enxergar como parte de mim. Como se eu tivesse a necessidade de
cuidar para que nada de errado possa te acontecer, é esquisito, eu sei, mas
acho que vem daquela ligação forte que senti na primeira vez que te vi.
A cada dia me
surpreendo por um jeito novo de te enxergar e acredito que seja essa a graça de
admirar realmente alguém pelo que ela é. Sem querer mudar as coisas que vem de
dentro para fora.
Lembro em especial
da primeira tarde que passamos juntos, digo, só nós dois. E se não for motivo
para você envaidecer, posso contar o quanto já te olhei pela tela do celular e
quis estar ali, como ficamos naquele dia, bem perto, guardados em um abraço que
significou tudo.
E é com
nossos infinitos segundos juntos que finalizo esse texto, esperando ter muitos
outros para escrever.

0 comentários